sexta-feira, 3 de julho de 2009

Casas que apetecem

E existem aquelas outras casas onde apetece mesmo morar, são casas mimosas, onde percebemos que cada espaço foi pensado ao pormenor, que nada está ali por acaso. São casas que criam um ambiente íntimo, acolhedor, alegre...onde apetece entrar e ficar. A isto se chama bem-estar.

Eu gostava de ter uma casa assim. Onde em cada recanto conseguisse colocar um pouco de mim mesma e do meu estilo pessoal. E quem me conhece bem, conseguisse perceber essas marcas. Acredito piamente que não há prazer maior do que reconhecermos e sermos reconhecidos pelo nosso toque pessoal . É um orgulho, uma vaidade!

Ainda que a decoração da casa deva estar de acordo com o gosto de cada um, e seja importante combinar cores, texturas, padrões, é um erro querer combinar tudo até ao ínfimo pormenor. Essa excessividade cria monotonia e plasticidade. Gosto de casas espontâneas que denunciem moradores descontraídos, alegres, expressando o que há de mais imediato na sua forma de ser. Daí que não me identifique nada com ambientes requintados, cromáticos e enigmáticos porque não me inspiram simpatia. Causam-me a maior parte das vezes desconforto. Por isso, é que encontrar o meio termo é uma tarefa que implica muito engenho e arte.

Mas há dicas que são elementares e que espero nunca esquecer:

- escolher tudo com carinho e ponderação e não fazer escolhas precipitadas;

- conferir alegria, tranquilidade e descontracção à casa, aprendendo a dosear as cores e a luz;

- evitar cores muito escuras e padrões demasiado pesados, que acabam por criar ambientes tristes;

- evitar uma casa demasiado cheia;

- apostar mais na qualidade e não tanto na quantidade;

- misturar estilos com imaginação e sentido estético;

- evitar escolhas que não conservem em si o lado prático (aliar conforto e beleza);

- escolher coisas com as quais me sinta bem e me identifique e não me deixar levar por modas (as modas passam num estalar de dedos);

- optar por coisas que durem mais tempo e que sei que não me vou cansar delas (quando se tem vontade de andar sempre a mudar, é porque as escolhas que se fizeram não foram as mais felizes e eficazes).

E é porque uma casa não é à partida um lar, mesmo que bem recheada, que se torna tão especial pensar em todas estas coisas :)

2 comentários:

  1. Arranjar a nossa casa tem sido um dos nossos maiores projectos, sem dúvida, e entendo bem quando falas em casas impessoais; faz-me lembrar casas pretas, brancas e vermelhas... não tenho nada contras as cores, mas como exemplo, são das que mais se usam agora, são as cores da moda ou será q já estou desactualizada... às tantas!
    Não digo que a minha casa seja um luxo, ou que seja apreciada por todos os que a visitam, sei apenas que sempre que lá entro ou dou por mim a vaguear por pensamentos, penso: que rica casinha, e num suspiro penso (pensamos) como nos sentimos bem lá, como faz parte do nosso mundo, o nosso refúgio... É assim que devem ser as casas, não apenas paredes e decoração fashion, mas um lar, com marcas, com vivências, com sinais de quem lá mora...

    É incrível, mas agora que temos o gatinho tudo se encaixa ainda mais... Nunca pensei poder achar tanta graça a brinquedos espalhados pelo chão... só para dizer que estas pequenas coisas também fazem de uma casa, um lar!

    Boa sorte nesta vossa aventura :)

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  2. Sabes, cada vez vejo mais gente preocupada em ter as tais casas fashion, mas que poucas ou nenhumas marcas têm das vivências e dos sinais de quem lá mora.
    A nossa casa não tem de ser merecedora de uma página de catálogo. Tem de ser a nossa casa, aquela onde nos sentimos bem, independentemente dos outros gostarem ou não.
    Beijocas.

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Obrigada pela visita e pelo vosso comentário :)